Os trava-línguas fazem parte das manifestações orais da cultura popular, são elementos do nosso folclore, como as lendas, os acalantos, as parlendas, as adivinhas e os contos. O que faz as crianças repeti-los é o desafio de reproduzi-los sem errar. Entra aqui também a questão do ritmo, pois elas começam a perceber que, quanto mais rápido tentam dizer, maior é a chance de não concluir o trava-línguas. Esse tipo de poema pode ser um bom recurso para trabalhar a leitura oral, com o cuidado de não expor alunos com mais dificuldades. É nessa leitura que melhor se observa o efeito do trava-línguas e, dependendo da atividade, passa a ser uma brincadeira que agrada sempre. Os trava-línguas podem ainda ser escritos para criar uma coletânea de elementos do folclore e pesquisados em diferentes fontes: livros, sites na internet ou revistas de passatempos.Um dos trava-línguas mais usados na escola são:
- Um ninho de mafagafos tem sete mafagafinhos, quando a mãe mafagafo dá comida aos sete mafagafinhos, eles fazem semelhante mafagafada que ninguém os mafagafaguifa.
- Se cá nevasse, fazia-se cá ski.
- Fui ao mar colher cordões, vim do mar cordões colhi.
- Uma aranha dentro da jarra. Nem a jarra arranha a aranha nem a aranha arranha a jarra.
- A aranha arranha a rã. A rã não arranha a aranha.
- Sobre aquela serra há uma arara loura. A arara loura falará? Fala, arara loura!
- Chupa cana chupador de cana na cama chupa cana chuta cama cai no chão.
- A vida é uma sucessiva sucessão de sucessões que se sucedem sucessivamente, sem suceder o sucesso…
- Trazei três pratos de trigo para três tigres tristes comerem.
- A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.
- Comprei uma arara rara em Araraquara.
- Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastros.
- Pedro Pereira Pedrosa pediu passagem para Pirapora.
- Pode passar, porteiro, para pegar peixe piau.
- O princípio principal do príncipe principiava principalmente no princípio principesco da princesa.
- O Tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, o Tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo, tempo tem.
- Há quatro quadros três e três quadros quatro.
- Sendo que quatro destes quadros são quadrados,
- um dos quadros quatro e três dos quadros três.
- Os três quadros que não são quadrados,
- são dois dos quadros quatro e um dos quadros três.
- Casa suja, chão sujo.
- Num ninho de mafagafos tem seis mafagafinhos. Quem os desmafagafizar bom desmafagafizador será.
- O bispo de Constantinopla, é um bom desconstantinopolitanizador. Quem o desconstantinopolitanizar, um bom desconstantinopolitanizador será.
- Não confunda cafetão de gravata com capitão de fragata.
- O pelo do peito do pé do Pedro é preto.
- Pinga a pia apara o prato, pia o pinto e mia o gato
- Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com ornitologista, ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco é ornitorrinco, ornitologista é ornitologista, e otorrinolaringologista é otorrinolaringologista.
- O original não se desoriginaliza! O original não se desoriginaliza! O original não se desoriginaliza! Se desoriginalizásemo-lo original não seria!
- Quico quer caqui. Que caqui que o Quico quer? O Quico quer qualquer caqui.
- Toco preto, porco fresco, corpo crespo.
- Uma trinca de trancas trancou tancredo.
- Atrás da pia tem um prato, um pinto e um gato. Pinga a pia, para o prato, pia o pinto e mia o gato.
- Se o Arcebispo-Bispo de Constantinopla a quisesse desconstantinoplizar, não haveria desconstantinoplizador que a desconstantinoplizasse desconstantinoplizadoramente.
- Pedro pediu permissão para passar pelo portão para pegar o pinto pelado pelo pescoço.
- Percebeste ou fingiste que percebeste para que os outros percebessem que tivesses percebido, percebeste?
- Atrás do quadro da escola bibliotécnica estava um papibaquígrafo.
- O doce perguntou pro doce qual era o doce que era mais doce e o doce respondeu pro doce que o doce que era mais doce era o doce de batata-doce.
- Luzia lustrava o lustre listrado, o lustre listrado luzia.
- Um limão, mil limões, um milhão de limões.
- Um tigre, dois tigres, três tigres.
- Perto daquele ripado está palrando um pardal pardo.
- - Pardal pardo porque palras?
- - Eu palro e palrarei porque sou o pardal pardo palrador D'el Rei!
- O rato roeu a roupa do Rei da Rússia que a Rainha, com raiva, resolveu remendar.
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